quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vida e Obra dos Poetas Inconfidentes: Inácio José de Alvarenga Peixoto


Inácio José de Alvarenga Peixoto

Inácio José Alvarenga Peixoto(Braga) foi filho de Simão Alvarenga Braga e Maria A. Braga. Desposou a poetisa Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, com que teve quatro filhos: Maria Efigênia, José, Miguel e João de Alvarenga Braga.

Estudou no Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, tendo se transferido para Portugal, onde obteve o Bacharelato, com louvor, em Direito na Universidade de Coimbra. Aí conheceu o poeta Basílio da Gama, de quem se tornou amigo.

No Reino exerceu o cargo de juiz de fora na vila de Sintra. De volta ao Brasil, o de senador pela cidade de São João del-Rei, na capitania de Minas Gerais. Aí também exerceu o cargo de ouvidor da comarca de Rio das Mortes. Freqüentava a então Vila Rica. Deixou a magistratura, ocupando-se da lavoura e mineração na região.
Foi amigo dos poderosos da época e partilhava com os demais intelectuais de seu tempo idéias libertárias advindas do Iluminismo. Entre essas personalidades destacam-se os poetasCláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga (seu parente), o padre José da Silva Oliveira Rolim, o militar Joaquim José da Silva Xavier (o "Tiradentes"), e Joaquim Silvério dos Reis, que delataria os conjurados.

Pressionado por dívidas e impostos em atraso, acabou por se envolver na Inconfidência Mineira. Denunciado, detido, julgado e condenado, foi deportado para Angola, onde veio a falecer.
A sua diminuita obra inscreve-se entre a dos poetas do Arcadismo, e foi recolhida por Rodrigues Lapa. Apresenta alguns dos sonetos mais bem acabados do Arcadismo no Brasil. A temática amorosa foi uma das vertentes da sua poesia, em que também se observa uma postura crítica quanto à sociedade da época.

Obra:

Canto Genetlíaco é um poema de Inácio José de Alvarenga Peixoto, datado de 1793.

Nele, o poeta, desterrado na África por sua participação na Inconfidência Mineira, exalta as qualidades de sua pátria igualando o povo brasileiro ao europeu, ainda que apontando para uma relação de descendência daquele em relação a este. Nisto é visto como expressão do nativismo que aflorava no Brasil colônia de então

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